Ontem, em reunião com o CPM, ficou definida a realização da Festa de São João, que será ocorrerá na escola no dia 05 de julho, sábado. As atividades da festa terão inicio as 15:00h e se estenderão até às 20:00h. A decisão do CPM é de que a festa ocorra da forma mais tradicional, inclusive, com fogueira, jogos e competições com pais e filhos, rifas, comes e bebes típicos juninos.
Nem sempre os
eventos relacionados as festas juninas se dá dentro do mês de junho. No
caso das escolas há a necessidade de "encaixar" no cronograma e
calendário escolar. O propósito maior da festa junina atual não é, no entanto ou apenas, religioso.
É,antes, parte do aprendizado dos alunos a cerca da diversidade e
riqueza da cultura brasileira. É a cultura a também a afirmação da
identidade de uma nação, de um povo. Evidentemente, há também o aspecto
do congraçamento comunitário e da oportunidade de, de forma coletiva e
participativa, promover a arrecadação de fundos para auxiliar na
manutenção da escola. No caso da Érico, para o projeto de Escola de Tempo Integral que começou este ano.
De parte da direção, professores e alunos da escola o compromisso de surpreender os pais e a comunidade que participar, com apresentações artísticas únicas, já como resultado desta nova fase da escola.
A história das festas juninas.
O mês de junho é tradicionalmente o período das festas que visam homenagear e comemorar três santos da tradição cristã/católica: Santo Antonio (12), São João Batista (24) e São Pedro (29). De festa cristã/católica, no Brasil, transformou-se em um evento cultural, principalmente, nas regiões sudeste e nordeste, onde virou uma atração turística/econômica. No resto do país as festas juninas acabaram ganhando conotação própria de acordo com a cultura local mas também, lembrando elementos da cultura de outras regiões do pais, como os caipiras (denominação usual do dada a população do interior, de costumes mais simples) ou sertanejo (aquelas populações dos rincões mais afastados dos grandes centros urbanos). De qualquer forma, do interior é de onde todos somos originários, de alguma forma. No Rio Grande do Sul, as festas juninas se mesclaram com a tradição gaúcha, originando uma mistura diferenciada em termos de ritmos, vestuário e alimentos consumidos nestes eventos.
Quem são os santos das festas juninas?
Santo
Antônio - Para
seguir a ordem cronológica das festas, pode-se começar por Santo Antônio.
Ele nasceu em Lisboa, em data incerta, entre 1190 e 1195. Seu nome de batismo
era Fernando. Pertencia a uma família de posses, chamada Bulhão ou Bulhões. No
entanto, abdicou da riqueza por volta de 1210, ingressando na ordem dos franciscanos.
Seguiu para o atual Marrocos para desenvolver trabalho missionário, mas sua
saúde não se adaptou ao clima africano. Adoeceu e regressou à Europa,
fixando-se na Itália. Lá, demonstrou grande talento para a oratória, o qual
desenvolveu praticando ao máximo durante nove anos.
Possuía grande conhecimento da Bíblia e seus sermões impressionavam tanto os
intelectuais quanto as pessoas simples. Alguns de seus escritos foram
conservados e são conhecidos ainda hoje. Seu carisma conquistava multidões. A
saúde, porém, continuava frágil e ele morreu com cerca de 35 anos, em 13 de
junho de 1231, sendo canonizado no ano seguinte. Está enterrado em Pádua
(Itália) e sobre seu túmulo ergueu-se uma basílica, que é lugar de grande
peregrinação.
São João
Batista - Em geral,
os dias consagrados aos santos são aqueles em que eles morreram. No caso de São
João Batista, acontece o contrário: comemora-se o seu nascimento, que teria
sido em 24 de junho de ano desconhecido. João Batista foi profeta e precursor
de Jesus Cristo. Era filho de Zacarias, um sacerdote de Jerusalém, e de Isabel,
parente da mãe de Jesus. Conta a tradição que ao nascimento de João, teria sido acessa uma fogueira em um monte como forma de avisar os parentes - principalmente, Maria, que viria a ser a mãe de Jesus - do nascimento do filho de sua prima, Isabel.
João apareceu como pregador itinerante em 27 d.C. Aqueles que confessavam seus
pecados eram por ele lavados no rio Jordão, na cerimônia do batismo.
Atualmente, Israel e a Jordânia disputam a posse do local exato do rio onde São
João batizava, já que isso atrai uma imensa quantidade de peregrinos e
turistas.
João teve muitos discípulos e batizou o próprio Jesus. Porém, logo depois, foi
atirado na prisão por haver censurado o rei Herodes Antipas, quando este se
casou com Herodíades, a mulher de seu meio-irmão.
De acordo com a Bíblia, Herodes prometeu à jovem Salomé, filha de Herodíades e
excelente dançarina, o que ela lhe pedisse, depois de tê-la visto dançar.
Instigada pela mãe, Salomé pediu a cabeça de João Batista, que lhe foi entregue
numa bandeja. O episódio teria ocorrido em 29 d.C.
São Pedro - São Pedro
também tem parte de sua vida registrada pelo Novo Testamento. Era um pescador
no mar da Galiléia, casado, irmão de Santo André. Juntamente com este, foi
chamado por Cristo para tornar-se "pescador de homens". Seu nome original
era Simão, mas Jesus deu-lhe o título de Kephas, que, em língua
aramaica, significa "pedra", e cujo equivalente grego tornou-se
Pedro.
O nome se origina quando Simão declarou "Tu és Cristo, o filho de Deus
vivo", ao que Jesus respondeu "Tu és Pedro e sobre essa Pedra
edificarei minha Igreja", entregando-lhe as "chaves do reino do
Céu" e o poder de "ligar e desligar". Os evangelhos dão
testemunho da posição de destaque ocupada por Pedro entre os discípulos de
Jesus. No entanto, mesmo assegurando que jamais trairia Cristo, negou
conhecê-lo por três vezes, quando seu mestre foi preso. Após a ressurreição,
Pedro foi o primeiro apóstolo a quem Cristo apareceu e, depois disso, ele se
tornou chefe da comunidade cristã.
A tradição, que não está relatada explicitamente no Novo Testamento, conta que
Pedro teria sido crucificado em Roma. O fato tem sido muito questionado, mas as
pesquisas arqueológicas têm contribuído para confirmar a tradição, deixando
claro que Pedro foi martirizado a mando de Nero.
Conta-se que ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, para não
igualar-se a Jesus. No local onde foi sepultado, segundo a tradição, ergueu-se
a basílica do Vaticano, mas as escavações feitas no local não são conclusivas
quanto ao fato de ali ser ou não o túmulo do santo.