domingo, 25 de maio de 2014

Internet e educação

“Não conseguimos concorrer com a internet, mas podemos utilizá-la a nosso favor”


Daniel dos Santos

Marc Giget, uma das maiores autoridades mundiais quando o assunto é inovação, fala sobre impacto das novas tecnologias na área da educação


Criador do instituto Europeu de Inovação e Estratégia, o francês Marc Giget é uma das maiores autoridades no mundo quando o tema é inovar. O especialista veio ao Brasil para participar da Educar Educador e Bett Brasil 2014, onde participou de um talk show sobre o tema “Inovação ou Arte de Definir o Futuro? Qual a importância para a Educação”.
De forma bem-humorada, Giget falou sobre várias questões, entre elas sobre o papel da tecnologia na sala de aula. “Todo o conhecimento está acessível hoje graças à internet e as crianças sabem disso. Eles não querem aprender decorando”, destaca. “Ser professor hoje é uma das profissões mais difíceis do mundo. Temos muitos professores deprimidos, com alunos que não prestam atenção”, afirmou. “Não conseguimos concorrer com a internet, mas podemos utilizá-las a nosso favor”, explicou.
E como fazer isso? O especialista destacou um exemplo que vem dos parques nacionais dos Estados Unidos. “Há um tempo os administradores desses parques notaram a queda na visitação por parte das crianças. O motivo? Eles preferiam ficar na internet”, lembra Giget.
Para reverter a situação, foram contratados especialistas em tecnologia, que desenvolveram conteúdos online interativos sobre os parques e criaram comunidades para atrair esse antigos frequentadores por meio da rede, integrando as atrações ao mundo virtual. O resultado foi que as crianças, depois de utilizarem esses recursos tecnológicos, também se sentiram tentadas a visitar os parques da forma tradicional, com crescimento no número de visitações. “Os professores precisam aprimorar suas informações e aprender a utilizar esses recursos nas aulas”, ressalta.
Apesar de reconhecer a importância da inovação, Giget deixa claro que o foco no uso da tecnologia tem que ser sempre o homem. “Atualmente há uma visão muito voltada para a parte tecnológica, ter o novo smartphone, esse tipo de coisa. Mas muita gente ainda se frustra com a tecnologia. Essas pessoas continuam sentido dores, sofrendo com o desemprego... É preciso sempre lembrar que a inovação precisa estar a serviço do desenvolvimento humano”, ressalta.
http://www.educar.editorasegmento.com.br/

Opinião do diretor.
Penso que, como professores e gestão administrativo/pedagógica, considerando que somos uma escola de ensino fundamental (de 1º ao 5º ano) com alunos entre 6 e 10 anos, precisamos, primeiro, aprender, a usar bem a ferramenta, computador (hardware) e os programas neles disponíveis (software), e juntos nos apropriarmos do que a rede (www = World Wide Web, que significa rede de alcance mundial, em português), nos oferece para tornar as aulas e o aprendizado ainda mais dinâmicas e eficientes.
Nossa sala de informática, ainda não é um laboratório do ponto de vista, de espaço de pesquisa e produção de novidades. É preciso fazer desse espaço uma ferramenta de apropriação e aprimoramento do conhecimento transmitido em sala de aula. Dominando os equipamentos disponíveis, sabendo manipular os softwares disponíveis, podemos ampliar os conhecimentos mediante o acesso a rede, a internet. Antes disso, a que os professores dominarem a navegação neste oceano infinito de informações e atividades - boas e ruins - que a internet disponibiliza. Temos professores preparados para isso?  Como prepará-los, se o tempo nos consome com as próprias aulas curriculares em si? Ou podemos aceitar o nosso conhecimento superficial do universo word wide web como suficiente para tirar o melhor do equipamento que temos e da internet?

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